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Paulo Victor Albertoni Lisboa

Cronópios e escuta psicanalítica


Uma valise é uma maleta (?). Em alguns escritos literários, valise é o objeto que carrega os bens necessários para o trabalho, ou uma viagem. Mas, quem (alguém) irá dizer ao outro o que deve imprescindivelmente estar na sua valise? Há quem o faça, não?

A "palavra valise" é também uma expressão para se referir às palavras formadas por combinações de outras palavras, com partes de palavras para originar outra palavra.

"Valise de cronópio" é o nome de um livro de Cortázar, que dá nome a um sebo, localizado em Campinas. Um dia passei em frente e pensei ter visto uma sala no sobrado, para ser alugada. Escrevi ao sebo, não havia sala ali para ser alugada. Era um equívoco meu.

Havia uma sala para ser alugada algumas casas adiante dali.

Assim, encontrei e escolhi o meu endereço para o consultório de psicanálise, em Campinas.

Cronópios são existentes literários criados por Júlio Cortázar. Ao contrário do que dizem, os cronópios não são necessariamente existentes irreais. Fantasiados, talvez. Louis Armstrong era um cronópio de uma das crônicas fantásticas de Cortázar.

Não é simples definir um cronópio, ou o que é o cronópio. O que se sabe é a sua tendência a ingressar no mundo das artes, ou no mundo através das artes, mundos afeitos aos desejos ou que se possa aceder aos desejos, em que se possa festejar na arte das festas, nas artes das festas, cuidando do preparo das festas.

Há algum tempo atrás, eu assinava alguns escritos com o nome Vallis, uma composição com as iniciais de meu nome, na verdade, alguns dos meus nomes.

Fico, então, lendo e escrevendo: o que é esse vir-a-ser de escutar cronópios?



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