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TERMOACÚSTICA DA BARRAGEM

  • Foto do escritor: Paulo Victor Albertoni Lisboa
    Paulo Victor Albertoni Lisboa
  • 10 de abr. de 2022
  • 2 min de leitura

Por PAULO VICTOR ALBERTONI LISBOA com arte de EDU VERENGUEL


FUI CONVIDADO PARA IR AO OUTRO LADO DA REPRESA BUSCAR UMA GELADEIRA. Acontece que não tínhamos a menor condição de ir ao outro lado de barco a remo e trazer uma geladeira. Resolveram chamar um pescador da colônia, dono de um barco de alumínio, um barco motorizado. Os amigos guarani pagaram pelo combustível, juntaram alguns trocados seus e eu somei uma quantia com o que finalmente o convencemos.

Quando chegamos ao outro lado da represa, a geladeira, que era uma doação, era uma daquelas muito antigas e muito pesadas. Desconfiávamos que era impossível carregar a geladeira de volta à represa, passar pela lama e transportar a geladeira no barco até a aldeia. E fizemos exatamente isso, levamos a geladeira ao barco. A única maneira de carregar a geladeira até a aldeia, sem ter que deixar alguém para trás, era manter a geladeira em pé. Fomos, assim, quatro pessoas e a geladeira.

O nível da represa estava baixo, então fizemos uma viagem lenta para evitar que o barco se chocasse com troncos e tralhas. Em algumas épocas, há tralhas espalhadas pela represa. Quando chegamos à aldeia, levamos a geladeira até a cozinha comunitária que era construída para receber visitantes, especialmente nas ocasiões de festas e cerimônias. A energia elétrica era uma novidade na aldeia, disponível há poucos anos. Água gelada e comida guardada fariam muita diferença nos meses seguintes para as atividades de construção.

Vez e outra, também se fazia uso de um fogão e um botijão de gás. Nunca vi o uso do fogão substituir o uso das fogueiras em todos os momentos do dia. Ao menos pela manhã ou em uma ocasião à tarde ou à noite, as pessoas saíam a procura de lenha, quando não a tinham estocada, e acendiam a fogueira para se reunirem ao seu redor, aquecer água e beber o mate, e claro, prosear. Quando a época é boa, fogões e fogueiras chegam a ser acesos simultaneamente.

As viagens para buscar botijões são mais fáceis de se fazer. Se não há um automóvel disponível para buscar o botijão, lance-se à represa com um barco.

Continua:




 
 
 

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